Atualmente os acidentes estruturais na construção civil vêm ocorrendo com maior frequência, em muitos casos com vítimas fatais.
No Brasil a situação não é e nem poderia ser diferente, mas, a não ser pelos casos noticiados nos meios de comunicação, poucas pessoas, incluindo aí os profissionais da área, têm conhecimento destas ocorrências.
Os acidentes estruturais podem ter suas origens em qualquer uma das atividades inerentes ao processo genérico chamado de “construção civil”, processo este que pode ser dividido em três etapas: concepção, execução e utilização da obra.
O problema é considerado uma consequência de ações humanas, tais como a falta de capacitação técnica do pessoal envolvido no processo (tanto na etapa de concepção como nas de execução e de manutenção), utilização de materiais de baixa qualidade, de causas naturais ligadas ao envelhecimento dos materiais componentes das estruturas e de ações externas, tais como choques, ataques químicos, ataques físicos relativos ao meio ambiente e ataques biológicos.
Nos dias de hoje alguns fatores contribuem decisivamente para aumentar a possibilidade de ocorrência de acidentes estruturais. Em primeiro lugar podemos notar que ocorre o próprio envelhecimento das estruturas, especialmente aquelas de concreto armado ou protendido, que só agora estão entrando em uma fase que poderíamos denominar de maturidade. Em segundo lugar, e contribuindo decisivamente para a aceleração da deterioração das estruturas, temos a poluição atmosférica causada pelo alto grau de industrialização das cidades.
O crescimento acelerado da construção civil, que provocou a necessidade de inovações, as quais trouxeram, por si mesmas, a aceitação implícita de maiores riscos, embora dentro dos limites que são regulamentados das mais diversas formas.